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segunda-feira, 22 de janeiro de 2007

Autoridade selectiva

Com efeito no passado dia 06 de Janeiro, ao fim da tarde, fui mandado parar por uma viatura da PSP (Policia de Segurança Pública), perto do Largo do Rato, em Lisboa. Verifiquei que o agente que conduzia essa viatura se encontrava ao Telemóvel, com certeza a tratar de algum assunto de serviço (particular), através da central 112. Fui abordado por um segundo agente que depois de me dar as boas tardes me solicitou os meus documentos, bem como os documentos da viatura. Enquanto verificava os documentos perguntou-me se eu sabia porque tinha sido mandado parar, ao que eu respondi que não sabia...
Então ele passou-me a explicar que me tinham mandado parar pelo facto de eu ir ao telemóvel enquanto conduzia, facto que me deixou no minimo perplexo pois o meu telefone encontrava-se no bolso das calças que vestia nesse dia, que na posição em que me encontrava, sentado, se tornava extremamente complicado de lhe aceder.
Expliquei isso mesmo ao agente, facto que ele teimava em ignorar.
A verdade é que ao agente o movimento de eu coçar a orelha com a minha mão, fez parecer que eu estava ao telemóvel (facto que era a única verdade naquela altura).
As coisas ganharam um rumo menos próprio pois cabia-me a mim provar o contrário (realmente a palavra da autoridade nestes casos é que vale, mesmo que não corresponda à verdade), facto que fui tentando fazer, porém sem grande sucesso.
Passado alguns minutos confrontei o agente da PSP com o facto do colega pelos vistos ir a cometer, na realidade, a mesma infracção de que supostamente eu estava a ser acusado. Como se isto não bastasse passou uma viatura com uma senhora a conduzir que buzinou para o agente (pela reacção eram conhecidos), que verifiquei perfeitamente atónito seguir a marcha a falar ao telemóvel, ao que o agente da PSP apenas se limitou a acenar, em gesto de cumprimento, e a sorrir de forma babada.
Confrontado de imediato por mim, "Então e a sua amiga ia a compor o brinco ou a falar ao telemóvel?", ao que ele respondeu, "o senhor deve estar com alucinações o melhor é realmente fazer o teste de alcolémia, pois não está ter visões..." (sem comentários).
Fiz o teste que acusou 0,00, como seria de esperar. Nesta altura já o colega condutor se encontrava junto a nós também, inteirando-se do que se estava a passar.
Não sei porquê, afastaram-se para junto da Vitura da PSP, aproximando-se passados alguns segundos o agente que estava a levantar a, suposta, ocorrência, dando-me os documentos para a mão, e dizendo em tom de benevolência, que podia seguir e para a próxima devia ter mais cuidado com esta situação. O "perdão" tinha chegado. Realmente alguns agentes devem pensar que são "Deus" da forma como castigam ou concedem o perdão, de forma perfeitamente arbitrária.
Depois deste episódio perfeitamente rocambolesco e triste lá segui eu, indignado e revoltado com tudo aquilo que acabara de acontecer.
Só tenho pena que meia dúzia de agentes, com esta postura, realmente passem uma imagem negativa de uma força como a PSP, que realiza na maior parte dos casos um trabalho útil e imprescindivel na nossa sociedade.

Nota: depois de desabafar com familiares e amigos, tropecei neste espaço onde resolvi denunciar esta situação, pois apesar de se calhar pouco adiantar, exerci o meu direito, enquanto cidadão, à indignação e à reclamação.


Reclamação enviada por Nuno Costa.

2 comentários:

Anónimo disse...

Realmente esta situação já me aconteceu, junto ao ocal onde moro, contudo com uma agravante, fui notificado posteriormente em casa, pelo suposto ilicito de conduzir e falar ao telemóvel. Ainda mais estranho foi porque a morada da ocorrência era junto à minha casa. Tal facto não aconteceu na realidade, o que levou a que eu apresentasse reclamação, devidamente fundamentada, junto da Direcção Geral de Viação, pois isto suscita-me muita confusão e permite-me pensar, "Basta um agente de autoridade não simpatizar com alguém para poder levantar um auto de contraordenação sem que sequer tenha mandado parar a referida pessoa". É legitimo ter este pensamento na medida em que se passou assim comigo.

Anónimo disse...

é um abuso o que alguns fazem, parece que voltámos ao tempo da caça às bruxas. Alguém devia controlar isto.