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quarta-feira, 24 de janeiro de 2007

Porto que Cultura?

Este texto pretende esclarecer o Dr. Rui Rio daquilo que, na realidade, o Teatro Rivoli foi enquanto equipamento ao dispôr da cultura e da cidade, nomeadamente do seu centro.
Caso o Dr. não saiba (o que não acredito!!!) o Rivoli foi construido em 1913, na altura chamado de Teatro Nacional (como se verifica, já na altura este equipamento tinha a sua importância no panorama da cidade).
Em 1923 o então rebatizado Teatro Rivoli, surgiu adaptado a novas realidades, nomeadamente em termos de oferta cinematografica, bem como recuperando a programação de ópera, dança, teatro, concertos, com importância reconhecida internacionalmente. Corria a década de 70 e a situação financeira menos favorável, ditou que este equipamento se tornasse obsoleto em termos técnicos, sem programação regular e entrasse em estado de degradação.
É nesta altura que a Câmara Municipal do Porto compra o Rivoli, com o propósito de o devolver à cidade e aos seus habitantes (o contrário do que o Dr. Rui Rio pretende fazer agora).
Três anos de encerramento tornaram possível dotar o mesmo, não só de funcionalidade como ainda de uma qualidade estrutural pensada para ir ao encontro de públicos multifacetados, criadores e ainda à multiplicidade linguistica das expressões artísticas.
Em Outubro de 1997 o Rivoli reabre as suas portas, enquanto equipamento cutural multifacetado, gerido pela Culturporto, também na questão de programação.
Eis-nos em 2007 a discutir uma decisão da Câmara Municipal do Porto, em especial do seu Presidente, em que o mesmo seja explorado por um privado, no caso o Sr. La Féria (não está em causa a qualidade das suas produções, e compreende-se que está tão somente a defender os seus interesses empresariais), alegando realmente razões incompreensiveis, sendo ele o garante da defesa dos municipes do Porto.
Neste campo o Sr. Dr. Rui Rio, movido por interesses tacanhos (segundo ele do deficite) tem, lentamente enterrado a cidade, cinzenta, cada vez com menos gente, e tudo isto realmente por birras pessoais de quem realmente se esquece que um dia (próximo) vai dar o lugar a outro e nesse momento talvez seja tarde para reparar o que de mal está a ser feito (que bonita era a Praça dos Aliados, verde, cheia de cor, alegria e mais importante, gente. Que aconteceu? Tornou-se cinzenta, imagem de marca do dito senhor.
Mas vamos a factos, está documentado que o Sr La Féria disse um dia que não queria nada do estado (tendo ele sido um apelidado no tempo do Cavaquismo de "encenador do Regime"), daí ele neste momento cobrar-se bem pelos seus espectáculos (que tendo qualidade não passam de cópias bem interpretadas do que é feito no estrangeiro), mas oergunto eu:
Que nome se dá a quem cobra 22€ num bilhete para uma sessão para crianças? Para algumas pessoas pode ser Especulação, para mim tem outro nome...
Porque razão se questiona se um Teatro Municipal deve fornecer serviço público ou não? Dr. Rui Rio ainda tem dúvidas sobre o significado da língua Portuguesa? (é compreensivel, tantos anos como deputado na Assembleia da República a escrever em Alemão para os seus colegas de bancada não perceberem).
Porque razão quer o Dr. Rui Rio, ao que parece, dar 5,3 Milhões de Euros a uma só estrutura de produção (Sr. Lá Féria), fora despesas de manutenção? Será este o conceito de Serviço Público? Depois será que o produtor cobrará bilhetes de 5 €? claro que não.
Só como comparação ao que estou a falar, o instituto das Artes vai pagar 2,05 Milhões de Euros, a todos os produtores nacionais, num ano a 140 projectos, versando áreas do Teatro, Dança, Música, Design, etc...
Enfim tudo se resume a um desabafo, uma vez que constacto ao longo deste tempo que a população do Porto, que tanto gosta da sua cidade, assiste impávida e serena, à morte lenta da sua cidade, onde o coveiro a espera para o enterro no final do mandato...
Neste caso digo, que falta fazes Mário Viegas".
Contra isto eu me revolto, não perdendo a oportunidade de escrever em todos os locais, para a minha voz se fazer ouvir nos quatro cantos.

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Texto enviado por Teatral

3 comentários:

Anónimo disse...

Pode ter muita razão no que diz, mas não creio que o Sr. presidente seja assim tão mau governante da Cidade, até porque não se sente grande contestação. Sobre o Teatro Rivoli julgo que poderia ser encontrada outra solução, porque é possivel prestar serviço público è população da região do Porto e ser rentável (no minimo não dar prejuíjo)

Anónimo disse...

é bem pior alguns espectáculos sem qualidade que por lá passam, do que os musicais do La Feria

Anónimo disse...

presidente estou com a sua decisão, os senhores que estão a gerir o nosso rivoli não percebem nada do assunto. Nem as elites compreendem alguns espectáculos que por lá passam. Sem agenda digna desse nome, não há gestão que aguente. Até porque já é tempo de as gentes do Porto poderem assistir ao que de bom se faz no nosso país em termos de musicais.